segunda-feira, agosto 21, 2006


Enlightenment

A sinfonia No. 41, K.551, "Jupiter" de Mozart foi a última sinfonia que escreveu, a qual já nem teve possibilidade de ouvir em execução.
Marc Downie, Shelley Eshkar, & Paul Kaiser têm exposto no Lincoln Center de NY uma obra denominada de Enlightenment cujo objectivo é apresentar esta obra de Mozart de uma forma "diferente".
Convido o leitor a conhecer melhor este trabalho destes artistas digitais que tiveram a capacidade de pegar nesta obra e apresentá-la ao pública de forma visual, dinâmica e inteligente, com se de um quadro de pintura se tratasse.
Qual é a ideia? "Simples", pegar na pauta musical desta sinfonia, "que é uma das mais intrincadas fugas escritas pelo autor", e escrutiná-la com um "sabor" de inteligência artificial.

Enlightenment generates new diagrams of understanding at each moment of its fleeting existence, simultaneously playing back its ever-closer approximations of the music.


Como funciona? "Não queiram saber" dizem os autores "deixem-se levar pela música e pelo disfrutar de um conjunto de associações que a obra vai criar em cada um de vós".
Em termos técnicos estamos perante um processo de análise baseado em algoritmos de IA, que percorre as diversas performanmces dos músicos em associação com a pauta que estão a interpretar.

Behind Enlightenment is artificial intelligence code that analyzes Mozart’s music by examining 2 kinds of input:

I - The score of the “Jupiter” symphony’s 4th movement.

II - The actual performance of its coda by 10 musicians representing the sections of the orchestra (strings, woodwinds, percussion)—recorded on both audio tape and 2-camera high-definition video.

The program has little prior knowledge of music, other than the following simple rules:

I - Repeated patterns are significant.

II - Relationships between adjacent pitches are important.

III - How pitches combine to form chords is critical.

From these rules, the computer rebuilds its knowledge of harmony, fugal structure, and counterpoint during each run.

As Enlightenment performs its musical guesswork, it draws upon a database comprising all the pre-recorded notes. If needed pitches and durations do not exist in that database, the program bends and shapes nearby notes to fit. This results in Enlightenment’s distinctive audio palette.


Na imagem aqui colocada podem ver a representação de uma viola.

terça-feira, agosto 08, 2006



Reinventar o Sistema Operativo

Hoje deu início mais uma World Wide Developer Conference (WWDC) da Apple. Entre as principais novidades do evento de arranque, esteve a apresentação do Mac Pro (finalizando assim a transição da gama de produtos Apple para Intel), e uma apresentação à nova versão do sistema operativo da Apple, o Mac OS X Leopard.

A Apple tem sido uma das empresas mais inovadoras na área da informática. Os seus produtos são referências ao nível da capacidade e facilidade de utilização, mantendo uma progressiva linha de inovação.
Embora a WWDC seja mais orientada para programadores foi interessante observar alguns conceitos inovadores apresentados. Dois dos que me chamaram mais a atenção vão estar embutidos na próxima versão do sistema operativo.

1. Time Machine - uma forma completamente inovadora de gerir um sistema de salvaguarda e recuperação da informação. Sim, aquilo que todos deviam fazer, mas ninguém faz, ou quando faz, depois não encontra o que pretende. Com a "máquina do tempo" a salvaguarda é feita em background de forma transparente e a recuperação é feita simples e literalmente olhando para trás no tempo.
2. Web Clip - a ideia aqui é dar ao utilizador a capacidade de ser ele próprio a construir os seus programas. Neste caso pode construir e montar páginas na internet e acompankar a sua evolução ao longo do tempo. Por exemplo, posso querer ter um widget (programas redidentes em memória com utilitários, à distãncia de um click) que me disponibilize os resultados semanais do Euromilhões, tal como é mostrado na página da Santa Casa.

No primeiro claramente conseguiram dar uma nova forma ao processo de recuperação de informação, tornando-o acessível a qualquer pessoa sem conhecimentos técnicos. No segundo quase que pode ser o caminho para aquilo que no futuro deverão ser os sistemas operativos, programas totalmente ajustados a cada utilizador, não só nas preferências das cores ou nos fundos de ecrã, mas mais ao nível da essência na utilização do computador, na forma como se trabalha com os programas, que funções mais utiliza, de que forma é que cruza tarefas, etc.

Das funcionalidades apresentadas para esta nova versão algumas são apenas melhoramentos das versões anteriores. Contudo o Windows Vista vai ter incluído uma grande parte delas, ou seja vai ter no futuro funcionalidades que já são do passado.