quinta-feira, setembro 28, 2006



A beleza invisivel da matemática

Cada vez mais a matemática me fascina, e cada vez mais me surpreende com é possível que a procura por àreas de estudo na educação com relação directa ou indirecta com a matemática seja escassa, ano após ano as vagas nas àreas das ciências exactas não sejam preenchidas causando um crescente dequilibrio entre o que é procurado e o que é necessário em termos formação superior.
Com o decorrer do tempo e com o vou lendo e apreendendo vou aumentando a consciência da enorme importância, da dependencia e da beleza dos conceitos matemáticos. Já Fernando Pessoa dizia que o teorema de pitáguras é tão belo como a Venús de Milo, sendo para o matemático brasileiro Elon Lage Lima o teorema ainda mais belo. Não é uma beleza física e visível, é uma beleza de consciência e de raciocinio. É uma beleza universal e intemporal.

É preciso ensinar a matemática de forma inovadora. É preciso segundo este matemático que o ensino tenha bons professores de matemática, e que estes por sua vez tenham: entusiamso, conhecimento matemático e vontade de transmitir esses conhecimentos. Nada que também não seja necessário no ensino de outras matérias.
A matemática tem de ser inicialmente transmitida aos alunos em torno da sua beleza e da sua capacidade multifacetada de aplicação, com exemplo e com fascinio pelo que ela representa. A dificuldade da aprendizagem até determinado ponto é essencialmente de trabalho, de dedicação e de concentração. Não é necessário um talento especial, é apenas necessário criar hábitos e disciplina, afinal, é o que se pretende na nossa vida em geral.
È necessário convidar a sociedade a entrar verdadeiramente neste mundo, que afinal é o mundo que a rodeia e apresentar a matemática não como ciência apenas de números, mas como uma ciência de vida e de conhecimento.

sexta-feira, setembro 15, 2006


Apple Showtime 12 Sep

A Apple no seu último evento dirigido para os media, denominado de "Showtime" apresentou algumas novidades (algumas mais do mesmo) entre as quais duas delas considero bastante inovadoras.
Embora não sejam inovações radicais elas demonstram a capacidade que esta empresa tem de pegar numa ideia "velha" e implementá-la através de uma abordagem inovadora.
Estou a falar de duas funcionalidades da nova versão do iTunes v7.
- Gapless playback
- Cover Flow

A Apple consegue colocar nos "pequenos detalhes" a diferencição dos seus produtos.
A primeira funcionalidade consiste em simplesmente tornar a audição das nossas músicas em formato digital uma experiência ainda mais natural. Provavelmente a ideia em que assentaram esta funcionalidade foi: "Quem ouvir um álbum através do programa iTunes ou através de um leitor de CD's não pode notar qualquer diferença". Uma das consequências quando se digitaliza um CD musica a música, é a criação de "buracos" entre elas como forma de separação. Nos discos ao vivo isso é notório, quando termina uma música há uma fracção de tempo em que se deixam de ouvir as palmas e logo de seguida começa a próxima música. Existem várias soluções para colmatar esta situação e uma delas era por exemplo sobrepor um pedaço do inicio da próxima música com um pedaço do final da anterior. Satisfaz, não? Com o gapless playback não há sobreposição nem interrupções, as transições entre as músicas são feitas de forma inteligente e natural. Básicamente o leitor consegue peceber, através de uma análise prévia de frequencias, a melhor forma de transitar. Como resultado temos uma transição entre músicas tão natural com se estivessemos a escutar um CD.

No que respeita ao Cover Flow (aquisição tecnológica), também aqui a ideia assenta em devolver ao utilizador a naturalidade daquilo que, embora guardado de forma digital, se assemelhe o mais possível a uma experiência real.
A ideia é muito simples, e se em vez de navegar na livraria de música digital apenas pela informação do artista, album, estilo, etc, também pudermos navegar pelas capas dos discos. È que na realidade nós temos (eu pelo menos tenho) uma ligação visual muito forte com as capas dos CD's. É esta a ideia do Cover Flow. Mais, a forma como o faz também traduz o carácter inovador do seu desenvolvimento. O Cover Flow não é um simples "scrolling" de capas de imagens de CD's, está pensado de forma a que o utilizador tenha uma percepção visual tanto da capa que estamos a ver com das capas mais próximas. É uma autentica forma digital de olharmos para a nossa estante de CD's.

Inovar não inventar algo que ainda niguém inventou ou pensou, é cada vez mais reinventar a forma como se desenvolvem determinadas funcionalidades.