sábado, outubro 27, 2007


(2/12) se não tivermos equilibrio ...

Andar é a provocação de um desiquilíbrio controlado. Contudo, andar é tão natural que jamais pensamos no próprio acto de andar. Pensamos sim, é na forma como devemos andar perante as situações em que nos encontramos. Por ex. se não quisermos acordar ninguém por casa, temos de caminhar devagarinho e silenciosamente. Ou por ex. se vamos dar um passeio na montanha temos de caminhar com mais atenção aos sítios onde vamos colocando os pés. Ou ainda, se sómente quisermos ter um andar peculiar, basta tirar umas ideias de "silly walk" dos Monty Python.
Mas a necssidade de equilibrio está presente em muitas outras situações da nossa vida. Seja na familia, no trabalho ou no lazer, quase sempre vemo-nos confrontados com decisões a tomar perante as quais temos de estabelecer um equilibrio de interesses. As dificuldades estão muitas vezes neste ponto, conseguir que ambas as partes fiquem satisfeitas.
Acredito no entanto que é necessária sempre uma dose de desiquilibrio para que haja desenvolvimento.
- Agora que atingiu aquele objectivo no trabalho e está satisfeito com ele, apresente-o a alguém na empresa e pergunte algo do género: "Diz-me, o que tem de errado isto que te mostrei?"
- Hoje o meu almoço vão ser duas barrinhas substitutas de refeição, enquanto isso leio um bocadinho do meu livro, e no final, vou tomar um cafézinho numa esplanada próxima, isto claro se estiver sol.
- Explore os seus limites. Por exemplo a sua capacidade de ouvir. Na próxima reunião a sua principal abordagem vai ser ouvir muito. Ouça, anote os seus pensamentos, mas não perca nem um som que seja. Quando ninguém estiver a falar, aproveite para ouvir o som dos cadernos, das canetas, o ambiente que se vive fora da sala, o respirar. Explore.
- Quando estiver cansado ... descanse. Mesmo que não tenha tempo para isso.