sexta-feira, janeiro 12, 2007


Universidades inovam mais do que as empresas portuguesas.

Saiu recentemente uma notícia no DN onde é referido, com base essencialmente em nº de patentes, que as universidades são as impulsionadoras da inovação. Os números estão lá, por exemplo, segundo dados do Instituto Nacioanl da Propriedade Industrial as universidades registaram 38% das patentes, contra os 28% de registos efectuados por parte das empresas.
As patentes são um forte indicador do investimento feito em I&D e na consequente procura de inovação. Porém, a intensidade da actividade inovadora vai mais além do indicador nº de registos de patentes, entrando também nos caminhos da reinvenção de funcionalidades e na conjugação e interligação de ideias por entre vários sectores de actividade. Muitos dos produtos e serviços inovadores partem de uma transposição de conhecimento de uma área de negócios para outra completamente diferente. Foi o que fez a EMI nos anos 70 e que deu origem à tomografia computorizada.

2 comentários:

João Maia disse...

Hum... agora só falta uma lista das ultimas Inovações ;)

FCarvalho disse...

Para que é que as empresas vão fazer registo de patentes em Portugal, se
depois o sistema judicial não acredita o INPI, e até se sobrepõe a este na
avaliação das mesmas (só neste país é que lembraria aos advogados/juizes
avaliar o enquadramento técnico/científico de uma patente, que por vezes já
é difícil aos que sabem ou devem saber fazê-lo, quanto mais a quem como eles
não percebe nada da técnica). Por isso é que a investigação de peso em
Portugal feita por empresas/multinacionais procede ao registo a partir do
estrangeiro, onde o sistema não só é mais rápido, como mais credível e
actuante. Sabendo que depois o sistema judicial Português acredita muito
mais no que vem de fora, e aí sim actua em conformidade (“Para inglês ver”,
para que conste, “que cá não é nada do que para aí se diz”)