quarta-feira, dezembro 13, 2006


Plataformas Geográficas Agregadoras de Informação

Ontem, ao ouvir o podcast Ciência da Antena 1, tive conhecimento de algo que já me tinha ocorrido, mas relativamente a outras matérias. Trata-se do lugar GripeNet. Este lugar online é um projecto enquadrado no âmbito dos "Sistemas Participativos de Vigilância Epidemiológica", com origem na Holando em 2003 e que tem como objectivos:
- informar e difundir conhecimentos sobre a gripe;
- recolher informação relativa ao estado de saúde da população através de inquéritos online.
Com esta plataforma pretende-se da sociedade uma participação activa na prevenção e no estudo da gripe. Um dos pontos interessantes é a capacidade de mapemaento geográfico do estado gripal e sintomas pelo país. Uma noção gráfica, intuitiva e de utilidade tanto para quem estuda o problema, como para quem se preocupa e quer manter-se atento a esta questão. Mais informações sobre o projecto GripeNet aqui.

Agora imaginem que se aplica esta filosofia a outros objectivos. Por exempl,o uma plataforma que agregue informação sobre o nível e grau de sustentabilidade e de responsabilidade social das empresas, onde os consumidores podessem informar-se sobre quem faz os produtos que compram ou que consomem. Ou por exemplo, uma plataforma que agrega-se geograficamente aquilo que todos os nosso responsáveis políticos já sabem, atrasos, tempo de espera de consultas no centros de saúde e nas urgências dos hospitais.
A disponibilização de informação complexa de forma simples e intuitiva é o um dos desafios desta sociedade da informação e do conhecimento. Tornar algo que é complexo simples ao utilizador, e deixar toda a complexidade para os bastidores deve ser uma preocupação de quem tem a responsabilidade de transmitir factos e acontecimentos.

terça-feira, dezembro 12, 2006


Noticia: "Empresa-na-hora" ganha prémio europeu de iniciativa empresarial na categoria - Redução da Burocracia

A iniciativa governamental "empresa na hora" teve reconhecimento na União Europeia. O "European Entrepeneural Awars" galarduou este projecto tendo sido a iniciativa vencedora da categoria "Redução da Burocracia".
Este é um exemplo interessante porque, ao contrário de muito outros, vem mostrar que apenas num projecto de colaboração activa entre várias entidades (neste caso governamentais) se consegue implementar novos serviço que impliquem a alteração dos processo internos. Não basta adquirir tecnologia e informatizar os serviços. È necessário re-organizar os processos de acordo com os novos objectivos propostos.

O comissário europeu com a pasta das Empresas e Indústria comentou que os seis projectos vencedores "comprovaram que as instituições públicas e as empresas podem trabalhar em conjunto para produzir ideias inovadoras e criar novos empregos".

terça-feira, dezembro 05, 2006



Creative Commons

Vivemos num mundo em constante mudança. A arte, o saber e o direito têm-se desenvolvido ao longo do tempo recebendo contributos de uma sociedade cada vez mais complexa, e por isso também cada vez mais interessante.
Com a extrapolação do digital vindo do mundo da lógica dos computadores para o mundo da lógica e do racioício humano, novas oportunidades e desafios têm sido descobertos e enfrentados. A lógica digital implica uma abordagem diferente de pensar sobre a sua utilização. Diferente sobretudo devido às múltiplas formas em que podemos interagir com algo que está num formato não físico, ou seja algo que é intangível.
Actualmente várias conceitos já se encontram digitalizados. A escrita, a fotografia, a música, o correio,são alguns exemplos que podemos encontrar com imensa facilidade na sua forma digital. Algumas das vantagens do digital tais como a sua facilidade de troca, transmissão e cópia acabam por ser também um dos seus problemas actuais quando se trata de garantir direitos de propriedade.
É aqui que surge o conceito de creative commons (CC) . Um dos objectivos do CC consiste em disponibilizar um espectro de licenças copyrigth mais flexível que permita associar vários tipos e níveis de direitos sobre um material, conforme decisão do autor. Podem consultar as faqs aqui. Digamos que estamos perante uma readaptação do instrumento de copyright para o mundo digital, e não só. Uma forma diferente de pensar utilizando os conceitos existentes, neste caso a protecção dos direitos de autor.
Alguns artistas começam já a disponibilizar alguma da sua obra sob licenças de CC, como é o caso de Gilberto Gil que é um entusiasta das licenças CC. Resta agora adaptar o CC ao enquadramento jurídico português, trabalho esse que já começou .

sexta-feira, outubro 20, 2006



Gestor de Mail

Mais conhecido por Outlook Express para quem usa Windows ou Mail para quem usa Mac OS X, ambos são os gestores de correio electrónico que cada um dos sistemas operativos oferece. Estes programas são certamente dos mais usados diariamente na utilização de um computador, seja para um gestor de projecto, para um professor, para um designer gráfico, diriamente chegam inúmeras mensagens às nossas caixas de correio.
Hoje em dia o contacto com várias entidades e empresas já pode ser feito quase na totalidade por email, é um método rápido e simples de utilizar. É assim normal que muitos utilizadores começem a ter alguns anos de correio no seu computador, o que significa que parte da sua vida e trabalho encontram-se nessas mensagens.
Para explorar esta informação já temos algumas ferramentas, como funções de pesquisa, categorias, pastas de organização, entre outras, mas todas elas desenvolvidas e orientadas sob o ponto de vista do email.
Imaginem agora que em vez dessas ferramentas o nosso programa de gestão de mail, extrapolasse para o conceito da semântica do email, do seu significado e relações que estabelece? Funções que permitissem pesquisar e explorar não apenas o email, mas também toda a restante informação espalhada pelo computador que com as mensagens se relaciona.
O que se pretendia seria por exemplo numa pesquisa de mensagens por um determinado assunto, para cada mensagem devolvida associada a ela viessem também os contactos mais relacioanados com os remetentes dessas mensagens, as mensagens que troquei um mês antes e depois com eles, as mensagens nas quais reenviei os seus anexos, fotografias relacionadas com essas mensagens nas datas especificadas, entre outras possibilidades. Uma àrvore de relações entre mensagens, contactos, eventos, e documentos segundo os mais variados atributos.
O correio electrónico, pelo conteúdo da informação que concentra pode e deve ser explorado de formas inovadoras, mais ricas e que sistematizem o raciocinio humano.


Test-Drive na habitação

Com cada vez mais oferta de produtos e serviços os clientes e as empresas estão a optar pela avaliação dos produtos através da sua experiência. Este facto é importante porque ao contrário da avaliação da cor, do estilo e de outras propriedades visíveis, esta consiste em colocar nas mãos do clientes a avaliação de uma experiência, neste caso a experiência da utilização de um determinado produto.
O conceito de test-drive encontra-se hoje em dia associado ao mercado automóvel. Actualmente é perfeitamente normal que um cliente experimente um carro antes de o comprar para assim obter uma avalição tanto racional como emocinal mais próxima da realidade.
Agora, porque não aplicar o mesmo conceito na habitação? Porque não experimentar passar uma noite numa casa que poderá ser a nosso próxima casa? É o que propõe uma empresa da Nova Zelândia a Straw Built Homes, que contruiu o projecto Ratuana. Uma noite numa das suas casas, para apreciação da experiência e sensção de viver numa "straw house".
Em Sustainable Structures podem encontar uma FAQ sobre o método de construção "straw".

quinta-feira, setembro 28, 2006



A beleza invisivel da matemática

Cada vez mais a matemática me fascina, e cada vez mais me surpreende com é possível que a procura por àreas de estudo na educação com relação directa ou indirecta com a matemática seja escassa, ano após ano as vagas nas àreas das ciências exactas não sejam preenchidas causando um crescente dequilibrio entre o que é procurado e o que é necessário em termos formação superior.
Com o decorrer do tempo e com o vou lendo e apreendendo vou aumentando a consciência da enorme importância, da dependencia e da beleza dos conceitos matemáticos. Já Fernando Pessoa dizia que o teorema de pitáguras é tão belo como a Venús de Milo, sendo para o matemático brasileiro Elon Lage Lima o teorema ainda mais belo. Não é uma beleza física e visível, é uma beleza de consciência e de raciocinio. É uma beleza universal e intemporal.

É preciso ensinar a matemática de forma inovadora. É preciso segundo este matemático que o ensino tenha bons professores de matemática, e que estes por sua vez tenham: entusiamso, conhecimento matemático e vontade de transmitir esses conhecimentos. Nada que também não seja necessário no ensino de outras matérias.
A matemática tem de ser inicialmente transmitida aos alunos em torno da sua beleza e da sua capacidade multifacetada de aplicação, com exemplo e com fascinio pelo que ela representa. A dificuldade da aprendizagem até determinado ponto é essencialmente de trabalho, de dedicação e de concentração. Não é necessário um talento especial, é apenas necessário criar hábitos e disciplina, afinal, é o que se pretende na nossa vida em geral.
È necessário convidar a sociedade a entrar verdadeiramente neste mundo, que afinal é o mundo que a rodeia e apresentar a matemática não como ciência apenas de números, mas como uma ciência de vida e de conhecimento.

sexta-feira, setembro 15, 2006


Apple Showtime 12 Sep

A Apple no seu último evento dirigido para os media, denominado de "Showtime" apresentou algumas novidades (algumas mais do mesmo) entre as quais duas delas considero bastante inovadoras.
Embora não sejam inovações radicais elas demonstram a capacidade que esta empresa tem de pegar numa ideia "velha" e implementá-la através de uma abordagem inovadora.
Estou a falar de duas funcionalidades da nova versão do iTunes v7.
- Gapless playback
- Cover Flow

A Apple consegue colocar nos "pequenos detalhes" a diferencição dos seus produtos.
A primeira funcionalidade consiste em simplesmente tornar a audição das nossas músicas em formato digital uma experiência ainda mais natural. Provavelmente a ideia em que assentaram esta funcionalidade foi: "Quem ouvir um álbum através do programa iTunes ou através de um leitor de CD's não pode notar qualquer diferença". Uma das consequências quando se digitaliza um CD musica a música, é a criação de "buracos" entre elas como forma de separação. Nos discos ao vivo isso é notório, quando termina uma música há uma fracção de tempo em que se deixam de ouvir as palmas e logo de seguida começa a próxima música. Existem várias soluções para colmatar esta situação e uma delas era por exemplo sobrepor um pedaço do inicio da próxima música com um pedaço do final da anterior. Satisfaz, não? Com o gapless playback não há sobreposição nem interrupções, as transições entre as músicas são feitas de forma inteligente e natural. Básicamente o leitor consegue peceber, através de uma análise prévia de frequencias, a melhor forma de transitar. Como resultado temos uma transição entre músicas tão natural com se estivessemos a escutar um CD.

No que respeita ao Cover Flow (aquisição tecnológica), também aqui a ideia assenta em devolver ao utilizador a naturalidade daquilo que, embora guardado de forma digital, se assemelhe o mais possível a uma experiência real.
A ideia é muito simples, e se em vez de navegar na livraria de música digital apenas pela informação do artista, album, estilo, etc, também pudermos navegar pelas capas dos discos. È que na realidade nós temos (eu pelo menos tenho) uma ligação visual muito forte com as capas dos CD's. É esta a ideia do Cover Flow. Mais, a forma como o faz também traduz o carácter inovador do seu desenvolvimento. O Cover Flow não é um simples "scrolling" de capas de imagens de CD's, está pensado de forma a que o utilizador tenha uma percepção visual tanto da capa que estamos a ver com das capas mais próximas. É uma autentica forma digital de olharmos para a nossa estante de CD's.

Inovar não inventar algo que ainda niguém inventou ou pensou, é cada vez mais reinventar a forma como se desenvolvem determinadas funcionalidades.

segunda-feira, agosto 21, 2006


Enlightenment

A sinfonia No. 41, K.551, "Jupiter" de Mozart foi a última sinfonia que escreveu, a qual já nem teve possibilidade de ouvir em execução.
Marc Downie, Shelley Eshkar, & Paul Kaiser têm exposto no Lincoln Center de NY uma obra denominada de Enlightenment cujo objectivo é apresentar esta obra de Mozart de uma forma "diferente".
Convido o leitor a conhecer melhor este trabalho destes artistas digitais que tiveram a capacidade de pegar nesta obra e apresentá-la ao pública de forma visual, dinâmica e inteligente, com se de um quadro de pintura se tratasse.
Qual é a ideia? "Simples", pegar na pauta musical desta sinfonia, "que é uma das mais intrincadas fugas escritas pelo autor", e escrutiná-la com um "sabor" de inteligência artificial.

Enlightenment generates new diagrams of understanding at each moment of its fleeting existence, simultaneously playing back its ever-closer approximations of the music.


Como funciona? "Não queiram saber" dizem os autores "deixem-se levar pela música e pelo disfrutar de um conjunto de associações que a obra vai criar em cada um de vós".
Em termos técnicos estamos perante um processo de análise baseado em algoritmos de IA, que percorre as diversas performanmces dos músicos em associação com a pauta que estão a interpretar.

Behind Enlightenment is artificial intelligence code that analyzes Mozart’s music by examining 2 kinds of input:

I - The score of the “Jupiter” symphony’s 4th movement.

II - The actual performance of its coda by 10 musicians representing the sections of the orchestra (strings, woodwinds, percussion)—recorded on both audio tape and 2-camera high-definition video.

The program has little prior knowledge of music, other than the following simple rules:

I - Repeated patterns are significant.

II - Relationships between adjacent pitches are important.

III - How pitches combine to form chords is critical.

From these rules, the computer rebuilds its knowledge of harmony, fugal structure, and counterpoint during each run.

As Enlightenment performs its musical guesswork, it draws upon a database comprising all the pre-recorded notes. If needed pitches and durations do not exist in that database, the program bends and shapes nearby notes to fit. This results in Enlightenment’s distinctive audio palette.


Na imagem aqui colocada podem ver a representação de uma viola.

terça-feira, agosto 08, 2006



Reinventar o Sistema Operativo

Hoje deu início mais uma World Wide Developer Conference (WWDC) da Apple. Entre as principais novidades do evento de arranque, esteve a apresentação do Mac Pro (finalizando assim a transição da gama de produtos Apple para Intel), e uma apresentação à nova versão do sistema operativo da Apple, o Mac OS X Leopard.

A Apple tem sido uma das empresas mais inovadoras na área da informática. Os seus produtos são referências ao nível da capacidade e facilidade de utilização, mantendo uma progressiva linha de inovação.
Embora a WWDC seja mais orientada para programadores foi interessante observar alguns conceitos inovadores apresentados. Dois dos que me chamaram mais a atenção vão estar embutidos na próxima versão do sistema operativo.

1. Time Machine - uma forma completamente inovadora de gerir um sistema de salvaguarda e recuperação da informação. Sim, aquilo que todos deviam fazer, mas ninguém faz, ou quando faz, depois não encontra o que pretende. Com a "máquina do tempo" a salvaguarda é feita em background de forma transparente e a recuperação é feita simples e literalmente olhando para trás no tempo.
2. Web Clip - a ideia aqui é dar ao utilizador a capacidade de ser ele próprio a construir os seus programas. Neste caso pode construir e montar páginas na internet e acompankar a sua evolução ao longo do tempo. Por exemplo, posso querer ter um widget (programas redidentes em memória com utilitários, à distãncia de um click) que me disponibilize os resultados semanais do Euromilhões, tal como é mostrado na página da Santa Casa.

No primeiro claramente conseguiram dar uma nova forma ao processo de recuperação de informação, tornando-o acessível a qualquer pessoa sem conhecimentos técnicos. No segundo quase que pode ser o caminho para aquilo que no futuro deverão ser os sistemas operativos, programas totalmente ajustados a cada utilizador, não só nas preferências das cores ou nos fundos de ecrã, mas mais ao nível da essência na utilização do computador, na forma como se trabalha com os programas, que funções mais utiliza, de que forma é que cruza tarefas, etc.

Das funcionalidades apresentadas para esta nova versão algumas são apenas melhoramentos das versões anteriores. Contudo o Windows Vista vai ter incluído uma grande parte delas, ou seja vai ter no futuro funcionalidades que já são do passado.

quarta-feira, julho 26, 2006



One stop Assistance

Recentemente uma pessoa que me é muito chegada teve a necessidade de recorrer a duas urgências hospitalares, neste caso, a segunda foi por transferência da primeira. Tirando o facto de o problema ser ter vindo a desagravar com o decorrer das horas (felizmente) o que pretendo aqui deixar, surge da conversa que tivemos, e assenta sobre o processo de atendimento dos doentes nas urgências.
A prioridade ao casos mais graves, já se encontra na triagem, contudo se a avaliação do doente requerer vários exames de diagnóstico, o mais natural (se este não manifestar um estado de debilidade incapaz de retornar a casa) é que seja "despachado" como uma série de exames precritos para fazer.
Pergunta? Porque não fazê-los logo? Porque não dar a hipótese ao doente de terminar o seu diagnóstico?
Bom, exemplos já existem, e um pode ser encontrado no Hospital CUF Infante Santo. Uma inovação (apresentado num estudo de tese sobre inovação nos serviços de saúde) introduzida nos serviços de atendimento ao utente que lhe permite efectuar todo o diagnóstico necessário sempre que possível, uma vez que existem exames que requerem preparação.
Aprender com os bons exemplos é fundamental.

SketchUp Your World


Para quem ainda não conhece o SketchUp, é uma ferramenta de modelação 3D, que nos dá a possibilidade de explorar o mundo tridimensional de forma simples e intuitiva. Ou não seria na filosofia Google.

"Google SketchUp (free) is an easy-to-learn 3D modeling program that enables you to explore the world in 3D. With just a few simple tools, you can create 3D models of houses, sheds, decks, home additions, woodworking projects - even space ships. And once you've built your models, you can place them in Google Earth, post them to the 3D Warehouse, or print hard copies."


Mesmo sendo uma ferramenta acessível (apesar de haver possibilidade de evolução para SketchUp Pro) não é de menosprezar o potencial que tem, tanto em termos de funcionalidades como no que respeita às suas capacidades de importação/exportação dos modelos.
Para além disso está também integrado com o Google Earth. De que forma? Por exemplo, desenhe o seu modelo no SketchUp, de seguida importa-se a vista corrente Google Earth e de seguida exporta-se o modelo "Share Model". O modelo desenhado passa a estar integrado no locais do Google Earth.
Existe mesmo um repositório de modelos no qual pode pesquisar até encontrar aquele modelo que lhe vai dar umas ideias geniais ;). Como por exemplo a Torre Eiffel.

Muito interessante, e vale a pena experimentar porque na verdade este programa é cativante e dada a sua facilidade de utilização e de integração com o mundo, visto pela Google (ou pelos satélites, se preferirem ;).

Ah, já agora vejam a minha humilde casa em projecto na Expo Norte ! :) . Se tiverem o Google Earth instalado, podem pressionar em "View in Google Earth" e admirá-la convenientemente no espaço envolvente.

segunda-feira, julho 24, 2006

Incentivos públicos aos centros de inovação

Segundo uma notícia apesentada pelo Portal do Cidadão, os incentivos financeiros efectuados pelo estado ao centros de inovação, sejam eles centros tecnológicos, centros de transferência de tecnologia ou institutos de novas tecnologias, teve como resultado um valor seis vezes superior aos valores dos incentivos.


"A análise, que reporta a 2005, diz que o Estado apoiou em dez milhões de euros 34 centros tecnológicos, centros de transferência de tecnologia e institutos de novas tecnologias, enquadrados no sistema nacional de inovação. Porém, os projectos beneficiários realizaram cerca de 62,5 milhões de euros através de vendas ou prestações de serviço.

Segundo a AdI, as infra-estruturas tecnológicas tiveram um lucro na ordem dos 58 mil euros, o que significa que Portugal passa por uma fase mais equilibrada, após, em 2004, ter existido uma quebra para 12 mil euros, que se deveu a atrasos na aprovação de candidaturas a programas de incentivos públicos.

Contudo, o Governo considera necessária uma revisão do modelo de governação destas instituições, que, de acordo com as declarações do Secretário de Estado da Inovação, Castro Guerra, deve funcionar em rede tendo em consideração todo o sistema de inovação e não apenas as instituições."

quinta-feira, julho 20, 2006


A inovação por aquilo que não deve ser

Um dos podcasts que costumo ouvir regularmente é o "Killer Innovations" do Phil McKenny. É um programa onde o autor aborda o tema da inovação, da criatividade e do conhecimento desenvolvendo um conjunto de ideias relacionadas com a inovação, colocando no final sempre uma "killer question" para reflexão.
A inovação por aquilo que não deve ser foi um dos segmentos apresentados num passado programa, mas que achei interessante pelo facto de abordar o tema por aquilo que não se deve fazer para se ser inovador.
Portanto se quiser inovar só tem que seguir exactamente o oposto dos seguintes pontos:

1. Hire employees looking for safty in their roles
Um empregado que procure constantemente e de forma sistemática não assumir riscos nenhuns, sempre farão o mesmo da mesma forma e com as mesmas ferramentas.

2. Hire incompetent employees
Auto-explicativo, a dificuldade reside em conhecer antecipadamente a sua competência, mas como apenas quero os incompetentes, essa é tarefa fácil, ou não!

3. Keep salaries below the 75th percentile
Nunca percebi a razão de manter os salários altos. Eu quero competir pelo baixo salário, assim os bons profissionais não ficam à espera que lhe dêm mais valor, vão à procura dele noutras paragens.

4. Read The Ten Faces of Innovation and keep them out of your organization
Tudo o que respire a risco de negócio, desconhecido, imponderável deve ser sanado da empresa.

5. Treat Employees like garbage
Mais um factor de motivação. As empresas que não se preocuparem com os seus empregados no DIA-A-DIA deles terão apenas o seu trabalho, não terão o seu empenho, esforço e dedicação.

6. Reward conservative and marginal successes
Recompense apenas os sucessos marginais, mas que já eram previstos. Se juntamente com isso apontar e ridicularizar quem erra tem as condições ideias para deixar passar a inovação.

7. Only create customer-requested features
O cliente tem sempre razão, se ele não pediu nenhuma funcionalidade ou característica extra num produto ou serviço, não há necessidade de a criar. O cliente sabe o que quer, apenas e só tem que o escutar a ele.

8. Build a kingdom
Esta empresa é o seu reino. Tudo é comandado por si, tudo é ditado por si. Não olhe ao que se passa ao seu lado, à sua frente ou mesmo atrás de si. Afinal você é o rei.

quinta-feira, julho 13, 2006

Gere a sua própria energia


Um dia no futuro gostaria de ter grande parte da energia consumida no meu dia a dia, gerada por fontes limpas. Já comecei. Neste momento uma percentagem da energia automóvel que gasto é gerada pelo próprio carro. Simples, na próxima compra automóvel opte por um carro híbrido (IMA, PRIUS).
A escalada do preço energético, bem como os problemas climáticos são claramente os principais indutores para a procura de alternativas energéticas.
Nesse sentido novos desenvolvimentos tecnológicos têm sido feito nos geradores domésticos baseados em moínhos ou turbinas de vento.
A empresa britânica Windsave lançou recentemente o sistema Windsave 1000,

"a three-bladed fan (1.75 m in diameter) that connects to a building's standard mains supply. The turbine is quiet, with noise levels comparable to the sound of a person talking at normal volume. It produces approximately 1kw of electricity, enough to run a TV, DVD player, computer, fridge/freezer and several lights".

Nas informações diponibilizadas, estamos a falar de um custo aproximadamente de cerca de 2500€, mas com um retorno anual de cerca de 150€. Naturalmente que estes números variam conforme o perfil de consumo, a eficiência energética, as condições atmosféricas entre outros factores.


Agora, quais são os principais obstáculos e que políticas deveriam ser implementadas para fomentar estes sistemas:
- Mais iniciativas de consciencialização e de educação relativamentas aos problemas e alternativas energéticas.
- Estratégia de apoio à aquisição destes equipamentos.
- Parcerias com as actuais empresas energéticas para o fornecimento destes equipamentos

segunda-feira, julho 10, 2006

Inovação Acidental



Tem-se vindo a constatar que muitas das descobertas, que por sua vez deram origem ao desenvolvimento de produtos inovadores, ocorreram por acaso ou por erros cometidos. O professor Robert Austin (RA) explora o conceito de inovação acidental, como funciona ou não, e como devem ser os "acidentes" fomentados.
Estamos a falar do caso do Post-It da 3M, do micro-ondas, da sacarina, ou talvez do mais famoso segundo RA que foi a descoberta do efeito antibiótico da penicilina por parte de Alexander Flemming.

Numa entrevista disponível na Harvard Business School RA apresenta as suas ideias e faz uma abordagem ao tema da inovação com base em acidentes, tendo por base o seu trabalho "Accident, Innovation, and Expectation in Innovation Process" em conjunto com Lee Devin.

Este tema é interessante na medida em que vai exactamente contra a ideia de que o processo de inovação deve ser baseado num conjunto de actividades bem definidas e bem controladas, como é a tradicional investigação e desenvolvimento.
- Até que ponto deve ir uma empresa para conseguir apreender o significado destes acidentes?
- Qual o papel da arte e da improvisação no processo de creatividade e de inovação?
- Quais os principais custos e riscos a que uma empresa está sujeita quando aceitar esta cultura de inovação?
- Como distinguir os "bons acidentes" dos "maus acidentes" ?

"Many artists seem to rely on accidents to generate interesting and creative outcomes."

quinta-feira, julho 06, 2006

Banda Larga em todo o país.

Anunciado recentemente, qual propaganda à PT, a cobertura de banda larga chegou finalmente a todo o país. Não deixa de ser uma boa noticia, no entanto, é preciso não esquecer que a banda larga não é um fim por si só, mas um meio para atingir um determinado fim. Esse sim, é que é importante e deve ser alvo de análise, de reinvenção e de inovação. Estamos a falar por exemplo do acesso aos serviços públicos de forma electrónica. Grandes passos foram dados nos últimos tempos, mas ainda há muito por fazer. Importa também aqui referir que não basta colocar tecnologia e banda larga, substituindo o papel pelo email, e os balcões de atendimento por uma presença na internet. E é aqui que menos se tem feito. Antes de mais é necessário simplificar os processos tendo em conta o quadro de análise das comunicação electrónicas e dos partidos que se podem tirar dela, novos processos, novos canis de comunicar, etc.
A título de exemplo, no pedido de acesso à segurança social directa (SSD) que efectuei necessitei de actualizar a morada. Logo aqui o proprio serviço deveria disponibilizar esta funcionalidade. Como não permite entrei em contacto com o centro reg. de Seg Soc. no qual me aceitaram o pedido via fax. Como não era nada de urgente aguardei cerca de 2 semanas até voltar a entrar em contacto e questionar sobre o processo. Ninguém sabia de nada. Muito bem, envio novamente o fax e telefonei logo imediatamente a seguir a pedir confirmação da recepção do mesmo. Entretanto no meio destas 2 semanas de espera enviei um email para o endereço de apoio à SSD a pedir informaçãoe sobre o estado do processo de alteração de morada. Não recebi nenhum email de resposta, como seria normal a confirmar a recepção do pedido e a encaminhar para os respectivos serviços. Passado um mês (já depois de ter conseguido a alteração da morada com o segundo fax) recebi um email de resposta onde estava como Cc: de uma série de reenvios internos para tentarem saber quem era a pessoa responsável por este assunto. Enfim, isto para dizer que acima de tudo é nos processos que deve incidir a "informatização" e nos produtos. De nada vale a tecnologia se depois os trâmites dos processos são exactmente os mesmos, e consequentemente todos os problemas e atrasos que lhes estão associados.
O paradigma de abordagem para implementação de serviços através das comunicações electrónicas deve ser ensinado e praticado. Neste caso a "Segurança social directa" tem de aprender um pouco com as "declarações electrónicas".
Alguns pontos a questionar.
  • Analisar os processos e rescrevê-los segundo uma abordagem de utilização dos meios electrónicos.
  • Decidir sobre os principais obstáculos, mas acima de tudo ultrapassá-los.
  • Um serviço quando informatizado deve sê-lo transversalmente às várias entidade que atravessa.
  • Que acções para informar devidamente as pessoas sobre a existência e utilização dos serviços electrónicos
- Digg - Eu gosto deste artigo, deste link ... e desta fotografia ... ou não!
Em www.digg.com encontramos um lugar de opinião onde a expressão de favoritismo, ou pelo contrário, de desagrado é explicitado na cotação da informação que estamos a avaliar. Eu gosto deste artigo (let's Digg). Permite efectuar pesquisas, tem uma página própria com o seus artigos, ou então ve rem tempo real a evolução da cotação da informação a evoluir. Se conhecerem algo em Português digam.

- Agregadores de noticias on line
Os agregadores de noticias cliente em versão Web (RSS web clientes)
Venham espreitar ...
www.BlogLines.com
www.Newsisfree.com
Este último bastante completo, pareceu-me.

- Pesquisa de posts
Um pesquisa sobre os post que estão a ser efectuados no mundo da blogosfera.
www.Technorati.com

- Mudar de vida (copy & past de uma noticia recente da Sophos Security)
Sophos says "Want security? Buy a Mac
Published in hackinthebox.org on 07/05/06 11:54 ? Popularity: 28% ? [permalink]
Sophos has recommended that people switch to Apple Macs if they want to protect themselves from ongoing security problems. The security company has just published its latest research into the past six months of cybercrime, the 'Sophos Security Threat Management Report Update' (PDF), and concluded that while there has been a big drop in new viruses and worms, that has been overcompensated for by increases in other types of malware, as cybercriminals turn their attention to stealing information and money. Trojans now outnumber viruses and worms by four to one, compared with two to one in the first half of 2005. And as Windows-based threats continue to dominate, the researchers are recommending home users should switch to Macs, in an attempt to protect themselves from malware.

quarta-feira, abril 26, 2006

Afinal como se Inova?

Hoje em dia é inegável a forte presença que o tema da inovação tem na nossa sociedade. Na verdade essa presença deriva muito pelo facto do tema estar presente na agenda política actual.
Mas afinal qual é a essência de uma actuação inovadora? Esta está presente apenas nas empresas, ou também se encontra na forma como cada um de nós pensa e actua? Pode ser uma prática corrente ou é algo que acontece em situações não previstas?

Imaginem que estão a atravessar um corredor com portas de ambos os lados, e logo mais à frente uma delas se encontra aberta. Atrevo-me a dizer que a grande maioria das pessoas que passem nesse corredor sozinhas vão ter a tendência para espreitarem por essa porta dentro. Talvez uma questão de curiosidade, ou simplesmente uma reacção natural. Contudo, certamente que depende muito do facto de se conhecer ou não a porta e o que lá dentro se encontra. Ou seja, pode-se levantar a questão se o desconhecido desperta a curiosidade.

Mas o que tem isto a ver com inovação ?! Podemos encontrar algumas relações, o conceito de inovação tem muito associado a presença do desconhecido, um desconhecido que pressupõe assumir riscos para descobrir uma "porta" que lhe dá algum acesso. Por outro lado se considerarmos essa "porta" a tal do corredor para onde toda a pessoa que o atravessa olha, será que para lá da porta se encontra realmente lá dentro algo inovador?
Talvez não. Inovar não é tão natural como simplesmente olhar para a porta aberta que está no corredor, como toda a gente faz, bem pelo contrário, é fazer exactamente o oposto (no sentido de fazer aquilo que normalmente não se faria) para atingir o mesmo objectivo - ver o que está lá dentro.Seria por exemplo, porque não, olhar exactamente para a porta oposta do corredor, que até tinha lá um aviso sobre o que se passava na sala da porta aberta.

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

20 IDEIAS PARA 2020 - Inovar Portugal

Este é o título de um livro lançado pelo Campo das Letras em 2005 onde se encontra compilado um conjunto de textos sobre diversos temas da nossa sociedade, nos quais é feita uma avaliação naturalmente sobre a perspectiva dos seus autores, mas para além disso, e eventualmente tão ou mais importante, é lançado um conjunto de desafios para tranformar e desenvolver cada uma dessas àreas. Estamos a falar de àreas desde a educação, saúde, urbanização, economia, investigação e desenvolvimento, etc. O que vamos encontrar são novas formas de pensar os sectores tanto em termos de organização de incentivos e de estratégia para o seu desenvolvimento
Muito interessante e desafiador de ideias instaladas, merecendo por isso uma leitura cuidada e uma ampla divulgação, seja pelo mundo virtual, seja pelas mesas dos cafés, seja pela autocarros ou pelos comboios.