quinta-feira, julho 06, 2006

Banda Larga em todo o país.

Anunciado recentemente, qual propaganda à PT, a cobertura de banda larga chegou finalmente a todo o país. Não deixa de ser uma boa noticia, no entanto, é preciso não esquecer que a banda larga não é um fim por si só, mas um meio para atingir um determinado fim. Esse sim, é que é importante e deve ser alvo de análise, de reinvenção e de inovação. Estamos a falar por exemplo do acesso aos serviços públicos de forma electrónica. Grandes passos foram dados nos últimos tempos, mas ainda há muito por fazer. Importa também aqui referir que não basta colocar tecnologia e banda larga, substituindo o papel pelo email, e os balcões de atendimento por uma presença na internet. E é aqui que menos se tem feito. Antes de mais é necessário simplificar os processos tendo em conta o quadro de análise das comunicação electrónicas e dos partidos que se podem tirar dela, novos processos, novos canis de comunicar, etc.
A título de exemplo, no pedido de acesso à segurança social directa (SSD) que efectuei necessitei de actualizar a morada. Logo aqui o proprio serviço deveria disponibilizar esta funcionalidade. Como não permite entrei em contacto com o centro reg. de Seg Soc. no qual me aceitaram o pedido via fax. Como não era nada de urgente aguardei cerca de 2 semanas até voltar a entrar em contacto e questionar sobre o processo. Ninguém sabia de nada. Muito bem, envio novamente o fax e telefonei logo imediatamente a seguir a pedir confirmação da recepção do mesmo. Entretanto no meio destas 2 semanas de espera enviei um email para o endereço de apoio à SSD a pedir informaçãoe sobre o estado do processo de alteração de morada. Não recebi nenhum email de resposta, como seria normal a confirmar a recepção do pedido e a encaminhar para os respectivos serviços. Passado um mês (já depois de ter conseguido a alteração da morada com o segundo fax) recebi um email de resposta onde estava como Cc: de uma série de reenvios internos para tentarem saber quem era a pessoa responsável por este assunto. Enfim, isto para dizer que acima de tudo é nos processos que deve incidir a "informatização" e nos produtos. De nada vale a tecnologia se depois os trâmites dos processos são exactmente os mesmos, e consequentemente todos os problemas e atrasos que lhes estão associados.
O paradigma de abordagem para implementação de serviços através das comunicações electrónicas deve ser ensinado e praticado. Neste caso a "Segurança social directa" tem de aprender um pouco com as "declarações electrónicas".
Alguns pontos a questionar.
  • Analisar os processos e rescrevê-los segundo uma abordagem de utilização dos meios electrónicos.
  • Decidir sobre os principais obstáculos, mas acima de tudo ultrapassá-los.
  • Um serviço quando informatizado deve sê-lo transversalmente às várias entidade que atravessa.
  • Que acções para informar devidamente as pessoas sobre a existência e utilização dos serviços electrónicos

Sem comentários: